Professores seguem em greve e cobram diálogo com Prefeitura de Salvador:
“Estamos abertos à negociação”

A paralisação dos professores da rede municipal de ensino de Salvador chega ao 42º dia nesta segunda-feira (16), ainda sem avanço nas negociações com o poder público. A Associação dos Professores Licenciados do Brasil – Seção Bahia (APLB) voltou a criticar a postura da prefeitura e reforçou que a greve será mantida até que haja uma proposta concreta para atender às reivindicações da categoria.
O coordenador-geral da APLB, professor Rui Oliveira, relembrou que a mobilização teve início no dia 18 de março, após a entrega de uma pauta que inclui, entre outros pontos, a correção do piso salarial.
“A remuneração básica dos professores no município era de R$ 3.072, enquanto o piso nacional já estava em R$ 4.877”, disse o dirigente sindical.
Segundo Rui, a insatisfação aumentou após a aprovação de uma nova legislação, sem diálogo com os trabalhadores, que alterou o plano de carreira da categoria. “Duas gratificações foram retiradas para compor um novo piso, o que acabou achatando a estrutura da carreira. Queremos diálogo, mas, sem abertura por parte da prefeitura, a greve continua”, alertou.
O diretor de organização da APLB, José Dias, também se posicionou contra declarações de alguns vereadores, que, segundo ele, passam uma imagem distorcida da realidade dos professores.
“Há uma tentativa de enganar a população ao afirmar que ganhamos altos salários. O que aconteceu em junho foi o pagamento de valores retroativos e uma antecipação parcial do décimo terceiro para alguns servidores”, esclareceu.
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