Enquanto o Povo Passa Fome, os Partidos Fazem Festa: O Escândalo Silencioso do Fundo Partidário

Enquanto o Povo Passa Fome, os Partidos Fazem Festa: O Escândalo Silencioso do Fundo Partidário

Enquanto o Povo Passa Fome, os Partidos Fazem Festa: O Escândalo Silencioso do Fundo Partidário
Enquanto o Povo Passa Fome, os Partidos Fazem Festa: O Escândalo Silencioso do Fundo Partidário (Foto: Reprodução)

Por: Dimas Carvalho – Colunista do Jornal Papo de Artista Bahia e Ativista Social.

Em um Brasil onde milhões vivem sem acesso a alimentos, saúde, moradia e trabalho digno, uma decisão recente do Congresso Nacional soa como um tapa na cara da população: a derrubada do veto presidencial que limitava o aumento do Fundo Partidário.

Com isso, os partidos políticos brasileiros garantirão para si mesmos mais R$ 168 milhões do orçamento público, elevando o valor total do fundo para R$ 1,368 bilhão em 2025.

Sim, você leu certo: bilhão, com “b” de brutalidade social.

O Brasil Invertido: Quem Trabalha Paga, Quem Manda Lucra

Enquanto famílias vivem com menos de um salário mínimo, dormem em barracos e enfrentam filas quilométricas por atendimento médico, os grandes partidos — como PL (R$ 194,1 milhões) e PT (R$ 153,2 milhões) — ampliam seus cofres públicos com um discurso frio: “recomposição real dos recursos partidários”.

Mas e a recomposição do que falta na geladeira da dona Maria, que vive com três netos e um Bolsa Família de R$ 600?

E o reajuste do sofrimento de José, que trabalha 12 horas por dia na informalidade sem direitos nem segurança?

Onde está o ganho real de quem sustenta o país com o próprio suor?

Assistência aos Partidos, Desassistência ao Povo

Sob a justificativa de “corrigir distorções” e “alinhar regras fiscais”, a derrubada do veto abre caminho para a institucionalização de privilégios financiados por um povo esgotado, endividado e invisibilizado.

É como se o sistema dissesse:

“Participe das eleições, vote, lute… mas o prêmio fica com a gente.”

Enquanto o SUS luta para manter cirurgias básicas, enquanto a educação pública agoniza com falta de estrutura, o Parlamento estende a mão — não ao povo, mas a si mesmo.

Quando a Política Deixa de Representar

A decisão revela mais do que uma escolha orçamentária. Revela uma ruptura ética.

É o retrato de uma política que já não se preocupa com representatividade, mas com repartição de poder e de recursos entre os mesmos de sempre.

E nesse jogo, os menos favorecidos continuam de fora. Como sempre.

“Um país que aumenta o fundo dos partidos enquanto o povo esvazia a panela, não precisa de oposição: já se autodestrói.”

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Foto: Internet

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