Camaforró 2025: Quando a Festa Vira Palco de Injustiça e Silenciamento dos Pequenos

Camaforró 2025: Quando a Festa Vira Palco de Injustiça e Silenciamento dos Pequenos

Camaforró 2025: Quando a Festa Vira Palco de Injustiça e Silenciamento dos Pequenos
Camaforró 2025: Quando a Festa Vira Palco de Injustiça e Silenciamento dos Pequenos (Foto: Reprodução)

Por: Dimas Carvalho – Colunista do Jornal Papo de Artista Bahia e Ativista Social.

O que era para ser uma celebração do povo, virou um triste retrato do Brasil real: exclusão, privilégios e opressão disfarçada de organização. O Camaforró, uma das maiores festas populares de Camaçari, não está sendo apenas palco de forró — mas de uma vergonha silenciosa que precisa ser gritada.

Segundo denúncias apuradas por este colunista e ativista social, uma grande cervejaria — que sequer patrocinou o evento — estaria exigindo exclusividade na venda de bebidas, prejudicando diretamente os ambulantes e barraqueiros que, ano após ano, lutam para sobreviver nas festividades.

Exclusividade Para Poucos, Repressão Para Muitos

A situação beira o absurdo:

Ambulantes não podem nem comprar a mesma marca de cerveja por conta própria — mesmo que mais barata nos mercados — sob pena de terem suas mercadorias confiscadas.

Enquanto isso, dentro dos camarotes dos poderosos, a variedade de bebidas é liberada e farta.

 E ainda pior: vereadores da base do governo estariam indicando seus próprios aliados para ocupar barracas, passando por cima de feirantes e trabalhadores que atuam o ano inteiro na labuta pela sobrevivência.

O Que Está Acontecendo Com a Festa do Povo?

Essa é a pergunta que todos precisam fazer. A festa que deveria exaltar cultura, tradição e dar espaço ao trabalhador local, está sendo transformada em vitrine de conchavos políticos, favorecimento e censura econômica.

O que justifica esse tipo de contrato comercial excludente?

Quem fiscaliza os critérios de distribuição das barracas?

Onde está o respeito com quem depende daquele evento para pôr comida na mesa?

Não É Só Festa: É Sustento, É Dignidade

Em tempos de fome, desemprego e crise econômica, obrigar um ambulante a comprar de um fornecedor específico — sob ameaça de apreensão — é violência institucional. É elitizar a festa, calar o grito de quem depende do próprio suor para viver.

É a criminalização da pobreza disfarçada de “organização”.

É o poder passando por cima da periferia — de novo.

“Não é só pela cerveja. É pela justiça. Porque quando o pequeno é silenciado para que o grande lucre, toda a festa vira vergonha.”

Compartilhe. Reflita. Denuncie. O Camaforró precisa voltar a ser do povo.

Foto: Internet

www.papodeartistabahia.com.br

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