Bon Odori 2025: quando a cultura constrói pontes em tempos de muros
Bon Odori 2025: quando a cultura constrói pontes em tempos de muros

Por Nilson Carvalho – Jornalista, Embaixador da Paz e ativista sociocultural
Num momento em que o mundo se fecha cada vez mais em bolhas, barreiras e preconceitos, Salvador se abre — mais uma vez — para celebrar a beleza da diversidade, da arte e da convivência entre os povos. Vem aí o 17º Festival da Cultura Japonesa – Bon Odori, que acontecerá entre os dias 5 e 7 de setembro, no Parque de Exposições.
Muito mais que um evento, o Bon Odori é um ato de resistência cultural e um convite à empatia. Por meio da música, da dança, da gastronomia e das tradições milenares do Japão, o festival cria um espaço de encontro, onde o passado e o futuro se abraçam em harmonia.
Cultura que educa, conecta e cura
Com três palcos temáticos — Haru (primavera), Natsu (verão) e Mirai (futuro) —, o evento oferece uma experiência completa e emocionante. O público poderá vivenciar oficinas culturais, concursos, workshops, apresentações de artes marciais, além de shows de música e dança que unem o tradicional e o contemporâneo.
Esse intercâmbio vai além do entretenimento: ele educa, transforma e sensibiliza. Em cada dobradura de origami, em cada batida do tambor taiko, em cada reverência do Bon Odori, há uma mensagem de respeito, disciplina, beleza e pertencimento.
Em tempos de superficialidade digital, vivenciar uma cultura com tanta profundidade é um presente raro — e necessário.
Mais que festa: um gesto de respeito entre culturas
O Bon Odori é um lembrete vivo de que a cultura é um instrumento de paz e reconciliação, principalmente em um país como o Brasil, marcado por tantas desigualdades, feridas sociais e apagamentos históricos. Valorizar culturas de origem estrangeira em solo baiano é também reconhecer que a nossa identidade é múltipla, híbrida e viva.
E o mais poderoso: é um gesto de inclusão. O evento é frequentado por jovens, idosos, famílias inteiras, pessoas com deficiência, nerds, artistas, curiosos — todos juntos, celebrando a beleza do que é diferente.
Reflexão final
Em cada detalhe do Bon Odori, há um chamado à sensibilidade, à tolerância e à construção de um mundo mais justo e colorido. Que possamos aprender com o Japão não apenas a fazer sushi ou usar quimonos, mas a cultivar respeito, delicadeza e sabedoria milenar.
Leia, compartilhe e reflita:
Em um mundo onde tantos constroem muros, sejamos aqueles que levantam pontes.
Foto: Internet
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