Se até o comboio do prefeito leva bala, onde fica a segurança do povo na Bahia?
Se até o comboio do prefeito leva bala, onde fica a segurança do povo na Bahia?

Por: Jornalista Nilson Carvalho. Embaixador dos Direitos Humanos e da Cultura – Defensor do Patrimônio Histórico e Cultural Brasileiro
Um episódio grave sacudiu Salvador neste 7 de Setembro, dia que deveria ser de festa cívica e reflexão sobre a independência do Brasil. O comboio que seguia para encontrar o prefeito Bruno Reis, no desfile da Independência, foi alvo de tiros disparados por dois homens em uma motocicleta sem placa. A cena aconteceu logo cedo, por volta das 6h30, na região da Praça Lord Cochrane, entre o Garcia e a Federação.
Segundo informações da prefeitura, os suspeitos desceram da moto e abriram fogo contra os agentes de trânsito que faziam parte da equipe de escolta. A segurança do prefeito reagiu, um dos homens foi baleado e acabou morrendo no Hospital Geral do Estado. O outro conseguiu fugir. Com ele, foi apreendida uma pistola calibre .380 com munições.
Agora fica a pergunta que ecoa nas ruas e precisa de resposta urgente: se até as autoridades, com escolta e aparato de segurança, estão vulneráveis, como fica o cidadão comum que pega ônibus, vai trabalhar, atravessa os bairros sem qualquer proteção?
Esse episódio não é só um caso policial — é o retrato de um sistema de segurança pública em colapso, onde a sensação de medo se tornou rotina. O povo baiano está cansado de viver trancado, de sair de casa sem saber se volta, enquanto a violência ganha mais espaço do que a paz.
O que esse ataque revela é que ninguém está imune. Não importa se você é prefeito, trabalhador ou estudante: a insegurança bate na porta de todos. E quando o crime consegue atingir até comboios oficiais, é sinal de que o Estado perdeu o controle sobre as ruas.
A população precisa de respostas concretas, não apenas notas oficiais. É hora de investir em prevenção, inteligência policial e políticas públicas que devolvam ao povo o direito básico de viver sem medo.
A Bahia não pode aceitar que a violência seja normalizada. Precisamos reagir, exigir mais dos governantes e cobrar que a vida do cidadão seja prioridade.
Porque segurança não é luxo, é direito!
Foto: Internet
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