“Autismo Invisível: milhões de adultos sofrem em silêncio sem diagnóstico – e a sociedade finge não ver”
“Autismo Invisível: milhões de adultos sofrem em silêncio sem diagnóstico – e a sociedade finge não ver”

Por: Jornalista Nilson Carvalho, Embaixador dos Direitos Humanos e da Cultura – Defensor do Patrimônio Histórico e Cultural Brasileiro
Você já parou para pensar que ao seu lado pode existir alguém vivendo com autismo e sem nem sequer saber? Pois é, um estudo recente revelou um dado estarrecedor: 9 em cada 10 adultos autistas nunca foram diagnosticados.
Isso significa que milhões de pessoas estão caminhando entre nós sem o suporte adequado, carregando desafios que poderiam ser minimizados se a sociedade, o sistema de saúde e as políticas públicas fossem mais atentos e humanos.
Os números chocam:
Entre 40 e 59 anos, quase 90% dos autistas nunca receberam diagnóstico.
Acima dos 60 anos, o índice é ainda maior: 96,5%.
Enquanto isso, crianças e adolescentes têm mais chance de serem reconhecidos, mas ainda assim muitos passam despercebidos.
O impacto humano
Quando o diagnóstico não chega, a dor vem em forma de isolamento, depressão, dificuldades de trabalho, exclusão social e até doenças físicas agravadas. É como se milhares de vidas estivessem sendo desperdiçadas por falta de empatia e ação.
Mulheres e meninas sofrem ainda mais: muitas aprendem a camuflar sintomas, imitando comportamentos sociais para “se encaixar”, o que faz com que passem a vida inteira sem acesso a cuidados adequados.
Um grito que precisa ser ouvido
Se não houver políticas públicas inclusivas, apoio social real e pesquisas contínuas, a tendência é que esse número de invisíveis só aumente. Como destacou uma das pesquisadoras: “Entender o autismo ao longo da vida não é escolha, é urgência de saúde pública global.”
E o Brasil?
Se no Reino Unido já existe esse abismo, imagine em países como o nosso, onde o acesso a especialistas é restrito e o preconceito ainda pesa. A falta de políticas sérias condena pessoas ao silêncio e famílias inteiras ao abandono.
Reflexão final:
O autismo não é um rótulo, é um direito de ser reconhecido. Ignorar essa realidade é virar as costas para vidas que pedem apenas dignidade e respeito.
"Não é a falta de diagnóstico que define o autista, mas a falta de humanidade que define a sociedade."
Foto: Internet
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