JORNALISTA É ASSALTADO ENQUANTO TRABALHAVA: “NÃO VÃO ME CALAR!” — A VOZ QUE DENUNCIA A VIOLÊNCIA NAS RUAS DA BAHIA
JORNALISTA É ASSALTADO ENQUANTO TRABALHAVA: “NÃO VÃO ME CALAR!” — A VOZ QUE DENUNCIA A VIOLÊNCIA NAS RUAS DA BAHIA

Por: Malu Araújo CEO- TVBAHIA3 Jornalista Papo de Artista Bahia
O que era para ser apenas mais uma pauta jornalística nas ruas de Vila de Abrantes, em Camaçari, virou um pesadelo real de violência e indignação. O repórter e apresentador do Jornal Papo de Artista Bahia, Nilson Conceição Carvalho, foi assaltado à luz do dia, por um casal de criminosos armados em uma moto vermelha, enquanto trabalhava fazendo uma matéria na Praça da Matriz, em frente à Igreja do Divino Espírito Santo.
O crime foi registrado oficialmente na 26ª Delegacia Territorial de Vila de Abrantes, sob o número 00768538/2025.
De acordo com o boletim de ocorrência, o jornalista foi abordado por uma mulher armada, acompanhada de um cúmplice, que o renderam e levaram seus pertences durante o exercício do seu trabalho.
“ONDE O ERRADO VIROU CERTO?”
Indignado e revoltado, Nilson desabafa o sentimento que reflete a dor de milhares de brasileiros que se sentem presos dentro das próprias casas, com medo de sair às ruas.
“Hoje eu entendo na pele o que tantas pessoas passam todos os dias. O errado virou certo, o vagabundo pode tudo, e o cidadão de bem anda com medo, trancado, cercado de grades. Estou indignado, com raiva, e o pior: me senti inútil, humilhado e impotente diante da violência.”
Enquanto registrava o boletim, Nilson presenciou outras vítimas chegando à delegacia com histórias semelhantes — trabalhadores, pais e mães de família que tiveram seus bens tomados, sua paz destruída e sua confiança abalada.
VIOLÊNCIA SEM FREIO E UM POVO SEM SOCORRO
A insegurança pública deixou de ser um problema isolado: é uma pandemia social que atinge todos os níveis da sociedade.
Hoje foi um jornalista, amanhã pode ser qualquer cidadão.
Quantas vidas ainda serão ceifadas, quantos traumas ainda serão deixados, até que algo seja feito?
É inadmissível que pessoas que trabalham, pagam impostos e lutam para viver dignamente não possam andar em paz nas ruas do seu próprio bairro.
A pergunta ecoa: de onde virá o socorro?
“NÃO VÃO ME CALAR”
Mesmo abalado, o jornalista foi firme:
“Já fui ameaçado, agora roubado. Mas não vão me calar. Mais do que nunca, vou gritar para o mundo o que o povo humilde da Bahia enfrenta nas ruas todos os dias. Se estou vivo, é porque Deus quis. Esses criminosos estavam dispostos a tudo.”
A fala é um grito de resistência de quem usa o jornalismo não apenas como profissão, mas como missão. Nilson Carvalho representa a voz de tantos comunicadores, ativistas e cidadãos que não se curvam diante da violência e da injustiça.
UM CHAMADO ÀS AUTORIDADES E À CONSCIÊNCIA COLETIVA
Este não é apenas mais um caso policial — é um alerta social.
A violência que atinge jornalistas, professores, comerciantes e moradores de Camaçari é um espelho do abandono da segurança pública e da fragilidade das políticas de proteção ao cidadão.
Enquanto não houver investimento sério em segurança, prevenção e dignidade, a impunidade continuará ditando as regras nas esquinas.
UMA VERGONHA NACIONAL QUE PRECISA PARAR
A Bahia, terra de alegria e cultura, não pode continuar sendo refém do medo.
Chegou a hora das autoridades olharem para o povo com o mesmo respeito que exigem nas urnas.
A vida humana precisa valer mais do que o discurso vazio da política.
“Hoje foi o jornalista. Amanhã pode ser você. Enquanto o povo sofre, o crime reina — e o silêncio é o cúmplice mais perigoso.”
“Como mulher jornalista, vivo com medo de sair sozinha pra cobrir uma pauta — a violência virou nossa sombra. Hoje choramos pelo susto com nosso colega e diretor do Papo de Artista, mas agradecemos a Deus por sua vida e pela força que o faz recomeçar. Deus é contigo!” Malu Araújo
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Não é só uma denúncia, é um grito por justiça e segurança. Que a voz de quem informa não seja silenciada pelo medo.
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